Monday, December 3, 2012

Humano, demasiado Humano.



. Não voltam mais.


. As pessoas que me fazem falta.



.corri ate ao fim da linha....e não vos vi mais...

Wednesday, October 24, 2012



....perdi também....um grande amigo. Dorme bem.

Monday, September 10, 2012

A minha força está na solidão.  Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."

Wednesday, August 29, 2012




"Estou hoje vencida, como se soubesse a verdade."

Monday, August 27, 2012

Acerca de mim, nada.

Apenas que a dada altura da vida, deixei de conduzir e permiti que a carroça de tudo, fosse conduzida pelo destino, pela estrada de nada,... até à estrada de nada.

Primeiro o corpo apodrece. A cabeça começa a servir apenas de cabide para duas orelhas e casa de ar bafiento.

Os pés criam raízes que se amarram e nos prendem eternamente ao mesmo chão, enquanto olhamos para a janela do mundo e ousamos rebobinar o pensamento.

Onde será que ficaste?

Monday, July 16, 2012


    "......e o universo
    reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu."

....exilium....






Permanecerei, obstinadamente, à espera...


"Até amanha...se Deus quiser."

e nao vos vi mais.

Thursday, July 12, 2012

Wednesday, July 11, 2012


“Há muito, muito tempo, mesmo muito, mesmo antes do tempo em que os animais falavam,a terra e o céu estavam quase, quase a tocar um no outro. Os pastores, quando subiam a uma montanha, tinham de andar curvados, e os animais também. As girafas tinham muitas dores de pescoço, e a lua estava tão juntinho ao chão
que só os gatos conseguiam passar por debaixo dela, como se se estivessem a espreguiçar.
             O céu estava tão pertinho, que bastava subir a uma árvore e esticar um dedo para quase se conseguir tocar nele. E a lua tão próxima do chão e tão pequena que se podia subir para cima dela ficar lá sentado a pensar.
             Era tão pequenina, que duas pessoas só cabiam nela se estivessem abraçadas uma à outra.”
Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo. 
Que te renovas todo o dia. 
No amor. 
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.



Quando se chega ao limite do monólogo, aos confins da solidão, inventa-se — na falta de outro interlocutor — Deus, pretexto supremo de diálogo. Enquanto o nomeias, tua demência está bem disfarçada e… tudo te é permitido. O verdadeiro crente mal se distingue do louco; mas sua loucura é legal, admitida; acabaria em um asilo se suas aberrações estivessem livres de toda fé. Mas Deus as cobre, as torna legítimas. O orgulho de um conquistador empalidece comparado à ostentação do devoto que se dirige ao Criador. Como se pode ser tão atrevido? E como poderia ser a modéstia uma virtude dos templos, quando uma velha decrépita, que imagina o Infinito a seu alcance, eleva-se pela oração a um nível de audácia ao qual nenhum tirano jamais aspirou?


Sacrificaria o império do mundo por um só momento em que minhas mãos juntas implorassem ao grande Responsável de nossos enigmas e de nossas banalidades. Entretanto, esse momento constitui a qualidade corrente — e como que o tempo oficial — de qualquer crente. Mas quem é verdadeiramente modesto repete a si mesmo: “Demasiado humilde para rezar, demasiado inerte para transpor o limiar de uma igreja, resigno-me à minha sombra e não quero uma capitulação de Deus ante minhas orações”. E aos que lhe propõem a imortalidade, responde: “Meu orgulho não é inesgotável: seus recursos são limitados. Pensam, em nome da fé, vencer seu eu; na realidade, desejam perpetuá-lo na eternidade, pois não lhes basta esta duração presente. Sua soberba excede em refinamento todas as ambições do século. Que sonho de glória, comparado ao seu, não se revela engano e vã ilusão? Sua fé é apenas um delírio de grandeza tolerado pela comunidade, porque utiliza caminhos camuflados; mas seu pó é sua única obsessão: gulosos do intemporal, perseguem o tempo que o dispersa. Só o além é bastante espaçoso para suas cobiças; a terra e seus instantes parecem demasiado frágeis. A megalomania dos conventos supera tudo o que jamais imaginaram as febres suntuosas dos palácios. Quem não admite sua nulidade é um doente mental. E o crente, entre todos, é o menos disposto a consentir. A vontade de durar, levada até tal ponto, apavora-me. Recuso-me à sedução malsã de um Eu indefinido. Quero chafurdar-me em minha mortalidade. Quero permanecer normal.”


(Senhor, dá-me a faculdade de jamais rezar, poupa-me a insanidade de toda adoração, afasta de mim essa tentação de amor que me entregaria para sempre a Ti. Que o vazio se estenda entre meu coração e o céu! Não desejo ver meus desertos povoados com Tua presença, minhas noites tiranizadas por Tua luz, minhas Sibérias fundidas sob Teu sol. Mais solitário do que Tu, quero minhas mãos puras, ao contrário das Tuas que sujaram-se para sempre ao modelar a terra e ao misturar-se nos assuntos do mundo. Só peço à Tua estúpida omnipotência respeito para minha solidão e meus tormentos. Não tenho nada a fazer com Tuas palavras. Concede-me o milagre recolhido antes do primeiro instante, a paz que Tu não pudeste tolerar e que Te incitou a abrir uma brecha no nada para inaugurar esta feira dos tempos, e para condenar-me assim ao universo, à humilhação e à vergonha de existir. )

Friday, January 27, 2012



15H00

26 de Janeiro 2011

e a minha avó M deixou de respirar.



"Preferia pensar que só adormeceste,
mas se encostar ao teu pulso, o meu ouvido,
nada escutarei senão a minha dor."

Friday, January 6, 2012

"Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada."



"Estou hoje vencida, como se soubesse a verdade."

"O mundo é de quem nao sente".